Por Juliana Vannucchi
TALES DE MILETO:
TALES DE MILETO: Tales é considerado o primeiro filósofo ocidental. Nasceu em Mileto no final do século 7 a.C. Não deixou nada escrito, mas seu pensamento foi registrado por alguns autores, tal como o historiador Diógenes Laércio e o filósofo Aristóteles. Fez importantes estudos e constatações matemáticas. Algumas fontes mencionam que fez esteve no Egito, e que este local foi uma das principais inspirações para a elaboração de seu pensamento filosófico e matemático. Além disso, diz-se que era grande observador da natureza e, em consequência de seus estudos, segundo Heródoto, teria inclusive conseguido prever um eclipse solar. Aristóteles, conforme citado acima, em algumas de suas obras fez menções a Tales. Numa delas, encontrada em”Política”, fez um relato que demonstra o quanto o pré-socrático era bom observador da natureza que o cercava. Ainda de acordo com Aristóteles, Tales utilizou seus conhecimentos astronômicos para prever uma favorável colheita de olivas, e isso ocorreu porque o pensador teria observado atentamente as estrelas durante o inverno daquele período, antes das plantações florescerem.
Assim como os outros pré-socráticos, Tales de Mileto pretendia compreender qual era a origem da natureza. Ele concluiu que o elemento fundamental (arkhé) que a compunha e do qual tudo o que existe deriva era a água. Acreditava também que a Terra flutuava numa camada deste mencionado elemento (isso é citado por Aristóteles, na obra Metafísica). Afirmava que todas as coisas estavam cheias de Deuses e que o ímã tinha alma, pois considerava que a água, como elemento originário da natureza, animasse e fosse um princípio de movimento de todas as coisas.
Aristóteles considerava que tais conclusões teriam sido feitas a partir de constatações de que a umidade faz-se presente em diversos estados da natureza e, portanto, de alguma forma, a água está sempre presente na composição de elementos naturais. Embora hoje essa ideia possa parecer esquisita ou até mesmo soar como absurda, é preciso contextualizá-la e tentar entender que o pensador tinha um objetivo, que era explicar a natureza ao seu redor através da razão, e que tal explicação estava além daquelas oferecidas pela Mitologia Grega.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BOTELHO, João Francisco. A Odisseia da Filosofia, 2015. Editora: Abril.
GARVEY. STANGROOM. A História da Filosofia, 2013. Editora: Octavo.